terça-feira, 30 de junho de 2009

texto de uma Lucianna anônima


Tomou uma dose de loucura, colocou o par de tênis que há tempos estava ali
Que de uma forma ou outra ele a conhecia mais que ninguém
Pegou alguns trocados e o velho jeans surrado, sua beleza era efêmera
Partiu em direção ao sol, talvez seu único limite
Sem sonhos utópicos, sem posses, apenas vontades
Pôs-se a caminhar numa estrada longa.
Nem direita, nem esquerda. Em frente, rumo ao sol.
Sem religião, sem lei, sem pudores.
Vagando em busca de um caminho que possa ser seu
Poderia ter se corrompido e pego um atalho, mas quis ir além. E foi além.
Do trajeto trouxe histórias, daqueles que largou, dos novos que conhecera,
dos que ainda estariam por vir...
De tudo desprendeu-se
Voltou somente com momentos na bolsa,
com menos trocados do que havia levado
E histórias sobre qualquer coisa que lhe desse algum prazer
Seu nome, não importa
Quem sabe, “coragem”, nome melhor não haveria de ter!
Ela aprendeu algo sobre otimismo e o velho papo de persistência
E De todos os socos e pontapés que levou nestes 20 e poucos anos vida,
soube levantar com a graça de uma criança
e a força de um adulto, e ainda dizer:
“Eu consegui, eu estou vivendo!”

[quem sabe se houvesse mais trabalho, eu escreveria menos besteiras]

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amarga a boca